Nobres espíritos cristãos de junho

Antônio de Pádua, o médium nascido, na verdade, em Lisboa…

Fernando M. de Bulhões, nasceu em Lisboa, 1195. Aos 15 anos ingressou no Convento em São Vicente, tornando-se sacerdote.

Em 1220, ao tomar conhecimento do trabalho verdadeiramente cristão dos missionários de Francisco de Assis, ficou comovido e imediatamente entrou para a ordem dos franciscanos, após tomar conhecimento do martírio de alguns deles. A partir daí, adotou o nome de Antônio e passou a pregar em várias vilas da Itália.

As faculdades mediúnicas de Antônio são inegáveis. Em Pádua, invocando certa vez, Jesus Cristo e impondo as mãos sobre o filho paralítico de uma mulher que o implorou ajuda, por estar cansada de não encontrar solução, curou-o imediatamente.

Ficou conhecido pelo fenômeno da bicorporeidade, explicado pelas propriedades naturais do perispírito, em ‘O Livro dos Médiuns’.

Pregando para muitos, em Pádua, certa vez, apareceu em Lisboa simultaneamente, para inocentar o seu pai que estava sendo acusado injustamente de ter cometido assassinato. E foi capaz de esclarecer quem era, de fato, o culpado pelo crime.

Antônio de Pádua desencarna em 13 de junho, aos 36 anos, exemplo de humildade, deixando sermões que deslumbram muitos até hoje!

Um pouco sobre João Batista…

Dia 24 de junho foi a data considerada como o nascimento de João Batista! 

João Batista, filho de Isabel e Zacarias, veio anunciar os tempos de renovação interior, necessários ao estabelecimento da justiça entre os homens. Ele nos avisou sobre a vinda do Messias: Jesus Cristo. 

Batizou Jesus nas águas cristalinas do Jordão, como símbolo da necessidade de limpar o coração para recebermos os seus ensinamentos sublimes. Renovação interior é um suporte imprescindível para que o Evangelho faça morada nos corações e as relações interpessoais harmonizem-se em bases de paz e luz. 

“A voz que clama no deserto”, como era conhecido, ofereceu-nos a palavra inspirada capaz de dissipar nuvens de tormentos interiores. Comia gafanhotos e mel silvestre, demonstrando definitivamente que o pouco com Deus é muito!

João Batista ensinava que “o machado já está pronto para cortar as árvores pela raiz”, ou seja, que o mal deve ser extirpado de nossos corações antes que a própria vida o fizesse, em forma de dor e sofrimento.

Decapitado por ordem de Herodes, foi fiel até o fim de sua jornada terrena, soube influenciar uma geração de judeus incitando-os ao bom procedimento em virtude dos mandamentos divinos sobre a retidão e fraternidade universais.

Você sabia que a celebração associada a João Batista está ligada ao solstício de verão – no Hemisfério Norte – e suas festas das colheitas?

Quem foi Paulo de Tarso, celebrado em 29 de junho?

Você sabia que Paulo de Tarso foi capaz de caminhar mais de 3.000 km a pé, durante suas três expedições, para divulgar o Evangelho de Jesus? 

Enfrentou animais e foi assaltado impiedosamente, por ladrões nos caminhos agrestes pelos quais percorrera?

Paulo de Tarso naufragou junto a 276 pessoas na Ilha de Malta, onde foi picado por uma cobra venenosa. 

Os habitantes se admiraram por Paulo, “um malfeitor”, ter se salvado da morte no mar. Entretanto, sucumbiria ao veneno de uma víbora. Como nada aconteceu, disseram: “É um deus! É um deus”!

Você sabia que a primeira convocação para uma viagem missionária de Paulo e do amigo Barnabé foi realizada na igreja de Antioquia, através do fenômeno da voz direta? Sabe como se processa tal manifestação mediúnica?

Saulo, o eleito, era o seu nome de nascimento e reflete seus desejos de grandeza e conquistas na hierarquia judaica.

Embora o orgulho farisaico de Saulo, nascido na cidade de Tarso, ajoelhou-se aos pés de Jesus, a quem considerava inimigo, na estrada de Damasco e recomeçou sua jornada de transformação íntima.

Ainda que suas mãos estivessem manchadas pela morte de Estevão, soube transformar-se e disponibilizá-las em favor dos necessitados de toda ordem, com trabalho árduo a partir de seu próprio coração.

Assumiu o nome de Paulo, o pequeno – pois se considerava o menor dos apóstolos.

Elevou à categoria de primeiro mártir do cristianismo, Estêvão, propagador do Evangelho na Casa do Caminho, onde os apóstolos concentravam seus esforços no auxílio a todos os sofredores que chegavam em busca de socorro!

Após longo período de exemplificação do amor em nome de Jesus, depauperado fisicamente, deixou registrado em cartas, às diversas comunidades, suas recomendações de fraternidade e perseverança no caminho do bem.

Desencarna decapitado, no dia 29 de junho, do lado de fora da Muralha Aureliana que protegia Roma à época.

Você conhece Pedro? O Simão Pedro?

Sabia que Simão Pedro desencarnou, em Roma, crucificado, e teria sido no dia 29 de junho, de cabeça para baixo, a fim de não se igualar ao Mestre?

Nascido como Simão e, chamado por Cristo, de Pedro (que significa ‘Pedra’, e em grego ‘Cefas’), foi convidado a seguir o Mestre, passando de forma imediata, a ser um de seus doze apóstolos, sem, contudo, abandonar a lida da pesca.

Pedro, o orador apostólico, nasceu em Betsaida na Galiléia, cidade onde Jesus iniciou suas pregações anunciando o ‘Reino dos Céus’.

Presenciou as manifestações mediúnicas do Cristo, como a cessação de tempestade, a evocação dos espíritos de Moisés e Elias, a transfiguração e a ressureição, sendo convidado por Ele a caminhar, levitar sobre as águas do mar. Estas lições vivenciadas o capacitaram à missão do apostolado, tendo como um dos ensinamentos apreendidos, o perdão incondicional.

Ainda como apóstolo, viria a negar Jesus por três vezes, demonstrando, talvez sua falta de fé àquele momento, arrependendo-se posteriormente, sendo um de Seus mais fiéis seguidores.

Pedro tornou-se o “Príncipe dos Apóstolos, pedra sobre a qual Jesus edificou a Sua Igreja”, sustentáculo espiritual de Suas ovelhas.

Como trabalhador do Cristo, colocou a sua mediunidade a serviço do amor, exercida por meio da cura dos enfermos e das atividades de desobsessão.

Apesar de ser-lhe atribuída a chave do “reino dos céus”, segundo a doutrina espírita, esta “chave” que simbolizava a capacidade de perdoar e deter os pecados, não foi concedida por exclusividade a Pedro, sendo estendida aos 12 apóstolos.

Foi o discípulo por excelência – Simão Pedro: pedra e pastor, que – se levantou do engano para viver Jesus até o último instante, apascentando os cordeiros do Seu rebanho de amor…”

Portanto, como povo escolhido de Deus, santo e amado, revistam-se de entranhas de misericórdia, bondade, humildade, mansidão e paciência (Paulo de Tarso)”.

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