ESFÉRANÇAR

Que em 2022 possamos "Esferançar"

O calendário é criação do homem, mas a permissão de termos um ano novinho em folha é de Deus. O Criador nos concede 365 dias, 364 a cada dois anos, para que possamos desfrutar com nossos afazeres, venturas e desventuras, oportunidade de crescimento, ainda que não tenhamos olhos de enxergar. Ele ainda nos permite um dia para que possamos fazer a passagem para o novo. 

A natureza é nossa mestra em nos mostrar que as transformações, as mudanças são uma constante em nossas vidas. Agora, o interessante é que apesar das mudanças, tudo está em equilíbrio, justamente nos causando a falsa impressão de permanência. Podemos desfrutar do último dia do ano, por exemplo, para fazermos um balanço dos demais dias que já fazem parte do passado, e nos planejarmos para os próximos do novo ciclo. 

Exatamente, é o que significa um ano novinho, um novo ciclo, excelente oportunidade para “esférançar”. Isso. Não houve descuido da ortografia, apenas a tentativa de unir essas palavras que, dando uma olhada no dicionário, vê-se seus significados: a) fé: “Estado ou atitude de quem acredita ou tem esperança em algo; confiança”; b) esperança: “Disposição do espírito que induz a esperar que uma coisa se há de realizar ou suceder; confiança”. E não é que ambas têm o mesmo significado? 

Vamos “esférançar”! Confiar que neste futuro próximo teremos novos desafios, que venceremos cada um deles, ainda que nos dê um pouco de trabalho, venham na medida certa para nossos ajustes internos, do contrário qual seria então o sentido da vida? Que esse Ano Novo venha com expectativas renovadas, sentimentos renovados e, por fim, um pouco mais de amor e doçura em nossos corações.

E como alcançar amor em nossos corações, o que invariavelmente nos levará a um estado de felicidade? Para termos essa resposta, voltemos ao Criador. 

A ‘busca do Reino’ não é um pensamento poético; é uma necessidade indisfarçável da alma. Ninguém pode desejar menos e ser feliz.

O homem pode conquistar o prazer dos sentidos, mas prazer não é felicidade. O homem pode repousar o corpo físico, mas esse repouso não é felicidade; o homem pode conquistar o mundo, mas essa conquista não é felicidade. Só há felicidade em Deus.

O Reino de Deus é uma conquista interior. Se você o adquire, se Ele se manifesta, coisa alguma pode desestabilizá-lo. Você não é mais um joguete das circunstâncias da vida. Você adquiriu a verdadeira vida” (Yogashhririshnam/Elzio Ferreira. Livro Divina Presença).

E o que mais, senão amar é o reino de Deus? 

Dessa forma, que em 2022 possamos “esférançar” que somos capazes de desenvolvermos o amor por nós mesmos, e pelo outro. E que percebamos que “não basta amar, é necessário alimentar o amor. Não basta que seja uma virtualidade, mas que se transforme em força. Não somente potência, mas ato”

 

“O progresso da humanidade tem seu princípio na aplicação da lei de justiça, de amor e de caridade, lei que se funda na certeza do futuro. Tirai-lhe essa certeza e lhe tirareis a pedra fundamental. Dessa lei derivam todas as outras, porque ela encerra todas as condições da felicidade do homem. Só ela pode curar as chagas da sociedade. Comparando as idades e os povos, pode ele avaliar quanto a sua condição melhora, à medida que essa lei vai sendo mais bem compreendida e praticada. Ora, se aplicando-a parcial e incompletamente aufere o homem tanto bem, que não conseguirá quando fizer dela a base de todas as suas instituições sociais! Será isso possível? Certo, porquanto, desde que ele já deu dez passos, possível lhe é dar vinte e assim por diante”(O Livro dos Espíritos).

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