“Se me amais, guardai os meus mandamentos; e eu rogarei a meu Pai e Ele vos enviará outro Consolador, a fim de que fique eternamente convosco”.
Jesus, que nos foi enviado como modelo e guia por Deus, é o nosso primeiro Consolador e havia falado do porvir da humanidade, de que não nos deixaria órfãos e de que nem tudo poderia nos ensinar naquele momento, porque não suportaríamos. Entretanto, Ele afirmou que mais tarde, no momento julgado adequado, enviaria o Consolador, o Espírito de Verdade. Segundo Jesus, esse Consolador nos guiaria em toda a verdade, nos ensinaria todas as coisas, nos relembraria das suas palavras e restabeleceria o sentido delas. Ademais, esse Consolador naturalmente haveria de dar um impulso maior ao nosso processo de compreensão e aplicação daquilo que Ele, o primeiro Consolador já nos havia deixado.
E de repente, o mundo espiritual como um exército, desceu a Terra e trouxe a mensagem do Deus único e do Amor Universal. E os Espíritos, como sendo clarins de uma nova era, implantam, desde esse passado, a Terceira Revelação.
As sepulturas estão só com os restos mortais. O silêncio oriundo delas é aparente. Os Espíritos vieram dizer que são vencedores da morte e que a vida continuava, exuberante e grandiosa. E o missionário Hippolyte Léon Denizard Rivail, mais tarde conhecido com o pseudônimo de Allan Kardec, lança em 1857 a obra básica da Terceira Revelação, ‘O Livro dos Espíritos’. O Espiritismo é, portanto, esse Consolador prometido pelo Cristo.
‘O Livro dos Espíritos’ chegou em 1857, foi revisado e ampliado em 1860 e até hoje, mesmo com as grandes descobertas da ciência, não foi alterado em uma sequer das suas questões.
A Doutrina Espírita no mundo é fundamentada n’O Livro dos Espíritos, trazendo a Terceira Revelação, consolando a humanidade e dando a ela um novo rumo.
A partir do método utilizado por Kardec, foi retirado o véu que encobria parte da percepção do mundo invisível e isso nos fez conhecer e enxergar a imortalidade da alma, comprovada pelos inúmeros fatos que a mediunidade demonstra. Kardec evocava Espíritos Superiores para questioná-los sobre temas filosóficos de grande profundidade, através dos médiuns que atuavam na Sociedade Parisiense de Estudos Espíritas, além de outros locais na França e fora dela. Em momento algum considerava qualquer Espírito como revelador exclusivo e privilegiado, bem como nenhum médium como único capaz de trazer revelações exclusivas, nem as teses reveladas como verdades absolutas.
Essa é a finalidade do ‘Consolador Prometido’ no mundo, nas nossas vidas: recuperar a mensagem do Cristo, consolar-nos e nos impulsionar a avançar para nossa libertação espiritual para que estejamos cada dia mais próximos da perfeição de Jesus.
Acolhamos pois, esse Consolador a fim de que possamos avançar para o horizonte que o Espiritismo abriu para nós, através d’O Livro dos Espíritos’. E avançar significa compreender a beleza e essência da vida, fazendo brilhar a nossa própria luz, rumo à felicidade plena.