A DOR, O TEMPO E O AMOR

A DOR, O TEMPO E O AMOR

Por Joel Almeida*

Ninguém permanece indiferente, quando a dor chega. Não importa por quais caminhos ela nos alcance, sempre é presença contundente, alterando-nos as paisagens emocionais.

De toda forma, a dor sempre será instrumento para nosso aprendizado. A dor ensina e nós aprendemos. O tempo passa e entendemos que tudo foi necessário e que Deus estava o tempo todo ao lado, nos amparando. Pelo amor que nos tem, Deus permite que haja a dor.

 A dor nos corrige, assim como a mãe corrige o filho para educá-lo e melhorá-lo. A dor faz parte do processo de crescimento e paz interior.

Como ainda não desenvolvemos maturidade suficiente para aceitá-la, a dor nos chega propondo reflexões.

Não há castigo Divino, tudo tem sua razão de ser! Cada dor tem o tempo certo…! O tempo de nos preparar a aceitação.

A dor só vai até o momento em que entendemos que ela integra nosso processo de mudança. Em razão disso, toda dor é temporária. Pode ser melhorada por meio de mudanças de hábitos, ações e atitudes.

É poderoso instrumento de educação, é o aguilhão que impele o homem para a frente, no caminho do progresso.

Um sábio recomenda: “Se a dor te visita o coração, não te confies ao incêndio do desespero, nem ao gelo da lamentação. Recorda o tesouro do tempo, retira-te da amargura que te ocupa, ama e trabalha servindo.’’

Não se entregue à dor, porque ela um dia vai passar…

Deus tem um tempo para agir e curar, não desista do amor. Não desista de amar!

Então, é o amor, e não o tempo, que cura todas as dores. É o amor a principal causa da cura.

“O amor cura, une, nutre, alivia, motiva, mobiliza, possibilita a VIDA! – Gandhi.

* Texto elaborado pelo Projeto PPQC – Projeto Palavras Que Curam – em janeiro de 2022.

Sobre a obra de arte escolhida para ilustrar esse texto:

A “Persistência da memória” de 1931 é uma pintura de Salvador Dali, um artista surrealista. 

O artista buscou com essa imagem “materializar” a noção de que o tempo passa sem que possamos controlar, escorrendo como “queijos derretidos”.  

Aqui, uma das inspirações foi a Teoria da Relatividade de Albert Einstein.

Para Dali, nesta obra o tempo perde todo o seu sentido e a permanência vai junto com ele… 

921. Concebe-se que o homem seja feliz na Terra quando a Humanidade estiver transformada, mas, enquanto isso não se verifica, pode cada um gozar de uma felicidade relativa?
      — O homem é, na maioria das vezes, o artífice de sua própria infelicidade. 
Praticando a lei de Deus, ele pode poupar-se a muitos males e gozar de uma felicidade tão grande quanto o comporta a sua existência num plano grosseiro.
Comentário de Kardec: O homem bem compenetrado do seu destino futuro não vê na existência corpórea mais do que uma rápida passagem. 
É como uma parada momentânea numa hospedaria precária. 
Ele se consola facilmente de alguns aborrecimentos passageiros, numa viagem que deve conduzi-lo a uma situação tanto melhor quanto mais atenciosamente tenha feito os seus preparativos para ela
(O Livro dos Espíritos, Allan Kardec).

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