E lá fomos nós no domingo, 06 de novembro, com muita alegria, para o shopping Outlet Premium, em Camaçari para participar de uma atividade totalmente nova…
Junto com a pró Eneida, as auxiliares Débora e Maria Cristina, e o professor Márcio, Caíque Rosário, Guilherme Silva, Lara de Jesus, Lucas Costa, Michael Melquíades e Valentina Santos do Projeto Educacional Manvantara partiram para uma aventura no mundo do Xadrez! Isso mesmo!
Embarcaram com eles também quatro participantes do projeto “Crescer é preciso”, uma iniciativa do Lar Harmonia: Luis Fernando, Pamela Nicole, Gabriella Oliveira e Leonardo Ferreira.
Quando chegaram no local de realização do Torneio Master de Xadrez, as crianças se depararam com um tabuleiro imenso, com peças coloridas. Eles também conheceram um grupo de participantes cegos, que apresentaram como funciona o tabuleiro adaptado. Um deles é o tetracampeão baiano de xadrez, Jeferson Telles, e que, é claro, os convidou para jogar.
Para a auxiliar Débora Coelho, este tipo de atividade é muito importante para o aprendizado e desenvolvimento deles, pois é uma maneira de estarem vivenciando algo novo que vão levar para a vida. Esta foi uma oportunidade para eles se distraírem, brincarem e criarem mais interesse pelo Xadrez.
A pró Eneida Pitta afirma que “é super importante e interessante as crianças participarem de um evento totalmente fora da realidade delas. Elas se destacaram pelo interesse em querer aprender. Foram super estimulados e ficaram muito felizes por estarem aqui.” A pró ainda relata que as crianças ficaram treinando por duas semanas de forma intensiva, todos os dias, especialmente para o Torneio, já que a oficina de xadrez acontece apenas uma vez na semana.
As oficinas de xadrez fazem parte do conjunto de atividades que as crianças do Projeto Manvantara participam. O projeto, um dos braços de responsabilidade social da Casa do Caminho através do Instituto Florescer, acontece no contraturno escolar para atender crianças da comunidade do entorno da Casa do Caminho, em situação de vulnerabilidade social. No total hoje são atendidas 54 crianças entre 6 e 10 anos.
Lara Beatriz de Jesus, de 09 anos, conta que ela e os colegas tiveram um treino especial nos últimos dias para poder participar do torneio e que no projeto há “várias aulas legais, várias coisas que a gente ganha, presentes, vários tipos de professoras – de capoeira, vários tipos de lanche diferente a cada dia!”
Lia Damasceno, coordenadora geral do Projeto Manvantara, relata: “nós sabemos da importância do xadrez para as crianças, no desenvolvimento lógico-matemático, na capacidade de abstração, de estratégia, e na condição de concentração plena. Então se nós olharmos para as crianças no início do projeto e as crianças que nos acompanham após um ano de atividades é perceptível a mudança tanto comportamental quanto atitudinal.”
Lia também destaca que o Projeto Manvantara investe na “condição diferenciada de Educação”, acredita no “homem integral que através da Educação é capaz de transformar a realidade social” e que a participação num movimento como esse é fundamental: “nós gostaríamos de agradecer aos organizadores, prof. Wilter, prof. Márcio que se colocaram à disposição e estão sempre presentes nas oficinas de xadrez”, complementa Lia.
Márcio Silva e Wilter Vieira são os professores da oficina de xadrez do Projeto Manvantara e também são árbitros da modalidade. O professor Wilter foi um dos organizadores do evento que contou com a participação de enxadristas de todas as idades e com crescente número de competidoras femininas.
O professor Márcio considera que a participação das crianças é uma oportunidade de crescimento, pois é “o primeiro torneio que eles estão participando, conhecendo como funciona, um evento com abrangência nacional com participantes de nível elevado, mas é também uma confraternização, um lazer. É bom para eles e é muito bom para nós tê-los conosco.
Foi um dia de grande diversão pois as crianças dos dois projetos puderam interagir, jogando entre si sob a supervisão e arbitragem dos professores Márcio Silva e Wilter Vieira. E para além dos jogos, as crianças se esbaldaram nos lanches, tiraram fotos com Paulo Jatobá, campeão baiano de xadrez por 15 vezes, e conheceram muitos outros enxadristas (como são chamados os jogadores de xadrez) vindos de várias cidades da Bahia e do Brasil.
Guilherme Silva, de 09 anos, fala o que o jogo lhe ensina: “não importa que você perca, é só um jogo, você vai estar aprendendo do mesmo jeito. Aprendam, crianças, porque é muito legal!”
No final, todos ganharam medalhas e levaram um troféu marcando a participação na primeira competição de xadrez de suas vidas e que a gente deseja que seja a primeira de muitas!
